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Postado em 27 de março de 2019 às 11:31
Lucas Felpi, de 17 anos, foi um dos 55 candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 que tiraram mil na redação. Após entrar em contato com outros alunos que também tiveram esse desempenho de destaque, o estudante de São Paulo (SP) reuniu 31 textos que receberam a nota máxima no exame. O grupo lançou, nesta quarta-feira (27), uma apostila com o material.
O jovem sabia que não seria fácil encontrar 55 brasileiros, em um universo de mais de 4 milhões de participantes do Enem. Mas, com a ajuda de redes sociais e de reportagens publicadas na imprensa, Lucas conseguiu localizar parte desse grupo. “Comecei com apenas três jovens. Fomos pesquisando e aumentando o número de integrantes a cada dia”, diz.
No início, ele ainda não sabia o que fazer a partir da reunião de tantos candidatos. Pensou em um vídeo em conjunto, mas a distância geográfica impediria que todos estivessem no mesmo espaço. “Daria muito trabalho. Tive a ideia então de criar uma apostila com os textos nota mil e divulgá-la”, relata Lucas.
Espelhos de redações nota mil
No dia 19 de março, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) liberou a consulta aos espelhos da redação – ou seja, às versões digitalizadas dos textos corrigidos. A partir dessa data, Lucas pediu aos outros 30 integrantes do grupo para que enviassem suas produções.
“Transcrevemos cada redação. Nossa intenção é fazer com que nosso resultado inspire os candidatos das próximas edições do Enem. Torcemos para que, no ano que vem, sejam mais de 55 participantes com a nota máxima”, diz.
Na expectativa pela vaga
Lucas não precisou se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para pleitear uma vaga na universidade. Ele já havia sido aprovado em engenharia da computação na Universidade de São Paulo (USP) pela Fuvest.
O estudante ainda aguarda o resultado de dez universidades dos Estados Unidos, nas quais se inscreveu.
Redação de Lucas
Abaixo, confira a transcrição da redação de Lucas Felpi:
No livro “1984” de George Orwell, é retratado um futuro distópico em que um Estado totalitário controla e manipula toda forma de registro histórico e contemporâneo, a fim de moldar a opinião pública a favor dos governantes. Nesse sentido, a narrativa foca na trajetória de Winston, um funcionário do contraditório Ministério da Verdade que diariamente analisa e altera notícias e conteúdos midiáticos para favorecer a imagem do Partido e formar a população através de tal ótica. Fora da ficção, é fato que a realidade apresentada por Orwell pode ser relacionada ao mundo cibernético do século XXI: gradativamente, os algoritmos e sistemas de inteligência artificial corroboram para a restrição de informações disponíveis e para a influência comportamental do público, preso em uma grande bolha sociocultural.
Em primeiro lugar, é importante destacar que, em função das novas tecnologias, internautas são cada vez mais expostos a uma gama limitada de dados e conteúdos na internet, consequência do desenvolvimento de mecanismos filtradores de informação a partir do uso diário individual. De acordo com o filósofo Zygmund Baüman, vive-se atualmente um período de liberdade ilusória, já que o mundo digitalizado não só possibilitou novas formas de interação com o conhecimento, mas também abriu portas para a manipulação e alienação vistas em “1984”. Assim, os usuários são inconscientemente analisados e lhes é apresentado apenas o mais atrativo para o consumo pessoal.
Por conseguinte, presencia-se um forte poder de influência desses algoritmos no comportamento da coletividade cibernética: ao observar somente o que lhe interessa e o que foi escolhido para ele, o indivíduo tende a continuar consumindo as mesmas coisas e fechar os olhos para a diversidade de opções disponíveis. Em um episódio da série televisiva Black Mirror, por exemplo, um aplicativo pareava pessoas para relacionamentos com base em estatísticas e restringia as possibilidades para apenas as que a máquina indicava – tornando o usuário passivo na escolha. Paralelamente, esse é o objetivo da indústria cultural para os pensadores da Escola de Frankfurt: produzir conteúdos a partir do padrão de gosto do público, para direcioná-lo, torná-lo homogêneo e, logo, facilmente atingível.
Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para a conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que o Ministério de Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nas redes sociais que detalhem o funcionamento dos algoritmos inteligentes nessas ferramentas e advirtam os internautas do perigo da alienação, sugerindo ao interlocutor criar o hábito de buscar informações de fontes variadas e manter em mente o filtro a que ele é submetido. Somente assim, será possível combater a passividade de muitos dos que utilizam a internet no país e, ademais, estourar a bolha que, da mesma forma que o Ministério da Verdade construiu em Winston de “1984”, as novas tecnologias estão construindo nos cidadãos do século XXI.
Abaixo, a cartilha Redação a Mil.
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